Comandante da embarcação, Amyr Klink é natural de São Paulo, filho de pai libanês e mãe sueca. Começou a freqüentar a região de Paraty (RJ) com a família quando tinha apenas dois anos de idade. Essa cidade histórica do litoral brasileiro é o lugar que o inspirou a viajar pelo mundo. Casou-se em 1996 com a Marina Bandeira, com quem tem as filhas gêmeas Tamara e Laura, nascidas em 1997 e a caçula, Marininha, nascida no ano 2000.
Desde 1965 é colecionador de canoas antigas, tendo ajudado a fundar o Museu Nacional do Mar em São Francisco do Sul (Sta. Catarina). No terreno esportivo, foi remador pelo Clube Espéria, em São Paulo, de 1974 a 1980. No ano de 1978, realizou a travessia Santos-Paraty em canoa (solitário) e em 1980 realizou de catamarã o trecho Paraty-Santos e Salvador-Santos, igualmente em catamarã durante 22 dias; Em 1982, a vela navegou o trecho Salvador - Fernando de Noronha - Guiana Francesa pesquisando correntes para o projeto seguinte: a travessia do Atlântico Sul a remo, em solitário. Também percorreu mais de dois mil quilômetros num pequeno barco a motor na Amazônia, seguindo o curso dos rios Negro e Madeira. De moto já foi até a Patagônia e escalou a cordilheira dos Andes, percorrendo todo o território do Chile aos 19 anos.
Em 1984, o navegador realizou a primeira Travessia do Atlântico Sul a Remo em Solitário, viagem contada no livro "Cem dias entre céu e mar". Já em 1986, iniciou viagem preparatória à Antártica e Cabo Horn, a bordo do veleiro polar "Rapa Nui".
Foi em dezembro de 1989, que teve início o Projeto de Invernagem Antártica, em Solitário, a bordo do veleiro polar "Paratii", quando percorreu 27 mil milhas da Antártica ao Ártico, em 642 dias. Os livros: "Paratii - Entre dois pólos" e "As janelas do Paratii" relatam e ilustram este projeto.
Em 1992, participou do projeto Faróis do Brasil - Navegação terrestre da Costa Brasileira, em equipe com Klever Kolberg e André Azevedo. Em 1993, viajou novamente pela Costa Brasileira, desta vez pilotando um trike (asa delta motorizada).
Em janeiro de 1997, voltou para a Antártica como consultor de uma equipe de filmagem para captação de imagens de alpinistas de icebergs.
Em 31 de outubro de 1998 iniciou o projeto "Antártica 360" - uma volta ao mundo pelo trecho mais difícil de ser realizada: a circunavegação em torno do continente gelado. Durante 79 dias, Amyr Klink enfrentou sozinho os mares mais temperamentais do planeta e muitos icebergs. É no livro “Mar sem Fim” que se encontra o relato desta viagem.
Em 2000, o navegador começou a desenvolver um projeto de construção de cais flutuantes adequados às condições brasileiras, para serem usados em marinas e portos de lazer. Participou do Rally Paris Dakar Cairo como navegador da equipe brasileira Troller, a bordo de um veículo 100% nacional, ficando em 6º lugar na categoria novatos.
Em 2001, o Veleiro Polar Paratii 2 ficou pronto depois de 8 anos de planejamento. Concebido no mesmo estúdio, o Bouvet-Petit, (estilo) do veleiro Seamaster (antigo Antarctica), este barco foi idealizado por ele próprio para ser uma "plataforma de trabalho". Em dezembro, Amyr Klink viajou até a Espanha com o novo barco para colocação dos dois mastros “aerorig”, produzidos em Palma de Mallorca.
Em 2002, o navegador concluiu a etapa experimental do Projeto Viagem à China, que prevê a volta ao mundo por uma rota nunca antes percorrida, no Círculo Polar Ártico. A etapa inicial do projeto foi cumprida com sucesso entre 30 de janeiro e 06 de abril. Neste período, Amyr e sua tripulação ultrapassaram o Círculo Polar Antártico, visitaram a Baía Margarida e adentraram o Mar de Bellingshausen, o extremo sul navegável da península antártica. (e de) De lá partiram para a Georgia do Sul para uma escala antes de voltar ao Brasil.
Em 2003/2004 realizou uma reedição da circunavegação polar com o Paratii 2.
Na primeira viagem, com o primeiro Paratii e em solitário, Amyr não teve oportunidade de registrar imagens.
A viagem com o Paratii 2 durou 5 meses, sendo 76 dias para completar a volta ao mundo e que rotulou o Paratii 2 como o veleiro polar mais eficiente que se tem conhecimento.
Com 5 tripulantes, foi possível documentar aquilo que só o Amyr já tinha visto, como desdobramento foi produzido um documentário e uma série de 4 episódios que terá veiculação internacional a cargo do National Geographic Channel.
Esta viagem fechou um ciclo de viagens experimentais que tinham como objetivo a aprovação de novos conceitos construtivos e a aplicação de novas técnicas em produtos de uso cotidiano, submetidos a condições extremas e produzidos com a preocupação de não agredir o meio ambiente.
fonte: http://www.amyrklink.com.br
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