Antonio de Oliveira Filho, mais conhecido como Careca, (Araraquara, 5 de outubro de 1960) é um ex-futebolista brasileiro. A razão do seu apelido é que ele era fã do palhaço Carequinha.
Carreira
Careca começou sua história em Araraquara, no interior de São Paulo, sua cidade natal. Da geração de Lavinho, Carlos Henrique, Peligão, e tantos outros nomes de respeito no futebol amador de sua cidade, foi ganhando respeito por sua qualidade acima da média em fazer gols.Logo chamou atenção dos grandes de São Paulo, e foi aí que iniciou sua carreira. O Guarani, de Campinas em 1978, abriu as portas para o atacante. Foi campeão brasileiro no mesmo ano, tendo marcado o gol do título.[1] Com sua velocidade e sua habilidade de finalização, rapidamente firmou-se como um dos melhores jovens artilheiros do país. Foi contratado pelo São Paulo em 1983 para substituir Serginho Chulapa, após ter se recuperado de uma contusão que o fez perder a Copa do Mundo de 1982, na Espanha.
Foi durante a Copa do Mundo de 1986, no México, que Careca realmente se estabeleceu no futebol mundial. Ele terminou o torneio, durante o qual o Brasil foi eliminado pela França nas quartas-de-final, com cinco gols, colocando-o em segundo no ranking da Chuteira de Ouro, atrás de Gary Lineker, da Inglaterra, com seis. Também durante 1986, Careca liderou o São Paulo na conquista do Brasileiro, batendo seu antigo clube, o Guarani, na final — e marcando o gol que levou a decisão para a disputa de penalidades. Com vinte e cinco gols, foi artilheiro e eleito o melhor jogador do campeonato.
Em 1987, depois de cento e noventa e um jogos e cento e quinze gols pelo São Paulo, foi contratado pelo então campeão italiano Napoli, onde foi companheiro de Maradona. O time já o cobiçava desde 1979, quando seu então treinador, o brasileiro Luís Vinícius de Menezes, disse estar entusiasmado pelo atacante, que ainda defendia o Guarani.[2] Na primeira temporada no Napoli não teve sucesso, apesar de seus treze gols: o time foi batido na primeira fase da Copa dos Campeões pelo Real Madrid e perdeu o título italiano nos últimos jogos da temporada. Contudo, o ano seguinte foi muito melhor. O time ganhou a Copa da UEFA, com Careca fazendo um gol na final, e terminou em segundo na Série A do italiano. Em 1990, finalmente Careca ganhou o scudetto com o Napoli, no que acabou por ser efetivamente a última temporada de Maradona com o clube (ele foi suspenso por quinze meses por ter sido pego em um exame antidoping). Careca ficaria ainda mais três anos com o Napoli, estabelecendo parceria com Gianfranco Zola, mas o Napoli não conseguiria ganhar mais nenhum troféu.
Em 1993, Careca deixou a Itália para jogar pelo Kashiwa Reysol, novo time japonês da J. League. Ficou quatro anos com o time e ajudou-o a subir à primeira divisão do campeonato em 1994. Depois se transferiu para o Santos, seu clube do coração, onde encerrou a carreira depois de defender o clube em apenas nove jogos (com dois gols), no Campeonato Paulista de 1997.[3]
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